Nesta quarta-feira (26), a CNTE deflagrou uma Greve Nacional nos 26 Estados e no Distrito Federal, como parte da programação da 24a Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública. Os atos aconteceram pela aplicação da Lei do Piso Nacional do Magistério Público e pela revogação do Novo Ensino Médio (NEM).
Durante a Assembleia Geral do Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF), em Brasília, o presidente da CNTE, Heleno Araújo, disse que esse é mais um dia de mobilização nacional pelos direitos da categoria. “Vamos lutar por piso e carreira de todos os profissionais da educação, por formação inicial e continuada adequada para nossa categoria, e a gestão democrática das nossas escolas. Hoje é dia de mobilização pelo direito da educação, que significa lutarmos para que o Plano Nacional de Educação seja implementado e que a Lei 13.415/17, que trata do Ensino Médio, seja revogada. Sigamos firmes na luta até a vitória”, afirmou.
Heleno reforçou que esta quarta-feira é um dia de greve nacional na educação, de luta pelos direitos da categoria. “Hoje é dia de fortalecer a luta pelo piso e pela carreira de todos os profissionais da educação, fazendo com que no espaço de luta que é a escola, com os profissionais e as profissionais valorizados e valorizadas possamos exercer a gestão democrática no espaço escolar,” reforçou.
De acordo com a vice-presidenta da Internacional da Educação para a América Latina (IEAL), Fátima Silva, há 23 anos a instituição chama o Brasil e o mundo para refletir sobre a educação pública e exigir mais recursos por parte dos governos. É fundamental a revogação do Novo Ensino Médio, que de novo não tem nada. É fundamental que nessa semana a gente faça cumprir a Lei do Piso Nacional, que é pra todo Brasil”, pontuou.
Saiba como foiram as manifestações pelos Estados:
ALAGOAS
Em Maceó, o ato se concentrou na porta do Palácio do Governo, onde os manifestantes protestaram contra a situação atual da carreira. Trabalhadores/as das cidades de Arapiraca, Palmeira dos Anjos e Delmiro Gouveia também participaram dos atos.
DISTRITO FEDERAL
Em assembleia realizada na manhã de hoje, a categoria do magistério do DF aprovou greve, que será iniciada em 4 de maio. Ao final da assembleia, os e as participantes saíram em caminhada pelo Eixo Monumental até o Palácio do Buriti. Os trabalhadores estão sob arrocho salarial há oito anos.
ESPÍRITO SANTO
O governador do Estado, Renato Casagrande, e o deputado estadual Joao Coser (PT) receberam a diretoria do SindiUpes para ouvir as reivindicações da categoria. Mais de cinco mil apoiadores ocuparam as ruas de Vitória. Com faixas, cartazes e bandeiras, uma multidão foi à Praça do Papa, na Enseada do Suá.
GOIÁS
Trabalhadores/as caminharam até o Palácio Pedro Ludovico, em Goiânia, onde foram recebidos pelo chefe de Gabinete da vice-governadoria, Pedro Chaves. Eles entregam um documento solicitando respeito às pautas pautas da Educação.
MATO GROSSO
Pelo menos mil pessoas se concentraram em frente à Assembleia Legislativa do Estado, em Cuiabá. O ato foi convocado pelo Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), com o apoio do movimento estudantil da Baixada Cuiabana.
MATO GROSSO DO SUL
Mais de 3 mil profissionais da Educação aderiram à greve nacional, de acordo com a Federação dos Trabalhadores em Educação do Mato Grosso do Sul (Fetems).
MINAS GERAIS
Pela manhã, a coordenadora geral do Sindi-UTE/MG, Denise Romano, participou de uma audiência na Assembleia Legislativa do Estado, que teve como pauta o pagamento do Piso Salarial Salarial. À tarde, a categoria se reuniu no pátio da Assembleia para um ato público com a participação de caravanas de trabalhadores/as em educação de todas as regiões do estado.
PARÁ
Os manifestantes se concentraram na Praça da República, em Belém. De lá, seguiram para a Assembleia Legislativa do Estado do Pará (ALEPA), onde o Sintepp foi recebido por uma comissão de parlamentares. Entre as diversas reivindicações apresentadas, o Sindicato trouxe a necessidade de se abrir um diálogo com a Secretaria de Estado da Educação.
PARAÍBA
Profissionais em Educação da rede estadual de Ensino de todo estado da Paraíba aderiram à greve. As maiores manifestações foram nas cidades de Campina Grande e João Pessoa. O ato público em Campina Grande foi na Praça da Bandeira. Já em João Pessoa, os trabalhadores/as fizeram concentração na sede do SINTEP-PB e, em seguida, saíram em caminhada até a Praça dos Três Poderes, onde está o Palácio do Governo Estadual. A maioria das escolas aderiram ao movimento e suas atividades foram paralisadas.
PARANÁ
Em Curitiba e região metropolitana, educadores (as) e estudantes visitaram escolas e panfletaram. À tarde, houve atos no Terminal Guadalupe e na Praça Rui Barbosa, centro da Capital. Em Araucária, professores (as) fizeram passeata em defesa do pagamento do Piso do Magistério.No interior, dirigentes estaduais também realizaram panfletagem nas escolas. Além disso, manifestantes apresentaram cartazes e faixas pela revogação do Novo Ensino Médio.
PERNAMBUCO
O Sintepe realizou panfletagem sobre a importância da educação em frente à Estação do Metrô do Recife, na área central da capital. Cerca de 90% da rede estadual de ensino de Pernambuco aderiu à paralisação nacional. As redes municipais também participam da manifestação.
PIAUÍ
A manifestação do Sinte-PI aconteceu em frente ao Palácio de Karnak, em Teresina (PI). A professora Paulina Almeida, presidente do Sindicato, fez o lançamento do Abaixo-Assinado em defesa da educação pública e valorização dos seus profissionais e divulgou nota pública pela cultura de paz nas escolas.
RONDÔNIA
Em Porto Velho, a concentração ocorreu na Sede Administrativa do Sintero e a categoria se reuniu em assembleia para discutir sobre o andamento das negociações com o Governo do Estado e Municipal. Também debateu-se sobre o Novo Ensino Médio e o alto índice de violência nas escolas. Em seguida, os trabalhadores e trabalhadoras em educação saíram em caminhada pelas principais ruas do centro de Porto Velho. O movimento foi finalizado em frente ao prédio da Prefeitura do município. As Regionais do Sintero também aderiram à convocação da CNTE e organizaram movimentos nos seus respectivos municípios.
RIO DE JANEIRO
Pela manhã, profissionais da rede municipal do Rio de Janeiro (RJ) realizaram o ato em frente à sede da Prefeitura Municipal. Durante o protesto, uma comissão de negociação subiu para o andar da Secretaria Municipal de Educação, no Centro Administrativo São Sebastião, onde participaram de uma audiência com a assessor do secretário de Educação Renan Ferreirinha, Willman Costa.
RIO GRANDE DO SUL
Durante a caminhada pelas ruas do centro da capital, os educadores e estudantes realizaram uma manifestação em frente à Secretaria Estadual de Educação (Seduc) para exigir a revogação do Novo Ensino Médio (NEM).
SÃO PAULO
Professores e estudantes da rede de ensino pública do estado de São Paulo realizaram uma manifestação reivindicando a implementação do piso nacional da categoria no estado e a revogação da reforma do ensino médio. Eles protestaram também contra a superlotação de turmas. O ato, convocado pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), ocorreu em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp). Os docentes pedem ainda melhoria nas condições de trabalho e repudiam o fechamento de turmas.
TOCANTINS
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (Sintet) realizou um grande ato público em Palmas e paralisações em várias outras cidades do estado. Na capital, profissionais das redes públicas municipal e estadual de Palmas saíram em caminhada na Avenida JK, onde realizaram protesto em frente à sede da Prefeitura de Palmas. Cerca de 30 escolas de Palmas aderiram à greve. Os dirigentes sindicais cobraram a prefeitura para que seja realizado o processo seletivo para gestão democrática nas escolas, o reajuste do piso do magistério na carreira e o concurso público para a rede municipal.