O que está acontecendo?
O Novo Ensino Médio (NEM) tem sido objeto de críticas e polêmicas, com razão, desde sua implantação em 2017. A proposta era de flexibilizar o currículo e oferecer aos alunos uma formação mais direcionada às suas áreas de interesse, mas, na prática, o que ocorre é uma grande falta de clareza em relação aos objetivos da reforma e um projeto sem debate público e sem ouvir nem educadores, nem estudantes.
O que pedem estudantes e professores?
Por isso a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), com estudantes, especialistas e professores da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) de todo o Brasil, comandam um Ato Nacional pela Revogação do Novo Ensino Médio.
“A ideia é revogar o entulho do golpe”
O movimento estudantil promoverá no dia 15 de março em todo o país um Dia Nacional de Mobilização pela Revogação do Novo Ensino Médio (Lei 13.415/2017). As atividades propostas pela União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES) contam com apoio de organizações como a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE), que sempre lutou contra a medida.
O presidente da CNTE e coordenador do Fórum Nacional Popular da Educação, Heleno Araújo, divulgou um comunicado para a base explicando a importância de lutar contra essa lei que alterou para pior a estrutura funcional do ensino médio, prejudicando milhares de estudantes, bem como, os profissionais do magistério público e privado. Na nota, Heleno conclama as entidades filiadas à CNTE a mobilizar, ajudar e estimular a participação no ato convocado pela UBES para o dia 15 de março, em consonância com o calendário indicado pelo Fórum Nacional Popular de Educação (FNPE).
“A ideia é revogar o entulho do golpe. O novo ensino médio veio, por imposição, através de uma Medida Provisória, por um governo que não tinha legitimidade popular, sem qualquer diálogo com os setores da área de educação. Apresentamos a demanda de revogação do ensino médio e da Base Nacional Comum Curricular para Lula, e ele foi sensível aos problemas apresentados e prometeu analisar melhor o pedido”, afirmou Heleno Araújo.