‘Vamos resistir com doçura, memória e rapadura’ é o tema do evento que será realizado nesta quinta-feira, 31 de março, no auditório da escola ECIT Presidente João Goulart, a partir das 10h00, no bairro Castelo Branco, em João Pessoa. Na ocasião acontecerá uma palestra com a Profª. Doutora Lúcia Guerra (UFPB - MD / FCJA), seguida de debate com a participação do Prof. Halissom Seabra, da aluna Laanny Caetano, da ex-aluna Emilly Kissya e do representante de pais Paulo Caetano. O evento é aberto para toda comunidade escolar.
A atividade faz parte da programação da ação ‘Resistindo com memória: o golpe civil-militar de 1964’ e acontecerá neste dia 31 de março em alguns estados brasileiros, promovida pela Rede Brasileira de Pesquisadores de Sítios de Memória e Consciência através do Memorial da Democracia da Paraíba e também da Fundação Casa de José Américo. A finalidade é discutir a percepção de luta pela memória e pelos direitos humanos. O Golpe Militar de 64 será debatido e rememorado, trazendo à tona aspectos que deverão permanecer vivos nas mentes das pessoas, principalmente das novas gerações.
O dia 31 de março de 1964 foi marcado por um acontecimento que mudou o rumo da história do Brasil em muitos aspectos. Estamos falando do golpe civil-militar seguido da instalação de um regime ditatorial. Nesse período, muitas violações dos direitos aconteceram: silenciamentos, censuras à imprensa, aos artistas e suas obras, desaparecimentos de pessoas, violências e torturas, com efeitos nefastos para a construção da democracia no Brasil. A ditadura findou no ano de 1985, mas a retomada pela democracia é um caminho ainda lento. Histórias e memórias precisam ser recontadas e reparadas, a exemplo da mudança de nomes de ruas, escolas e espaços públicos que antes homenageavam ditadores, como aconteceu com a própria escola que hoje tem o nome de Presidente João Goulart. A escola chamava-se Presidente Médici em homenagem ao ditador e só após grande luta, que contou com a participação ativa do SINTEP, teve seu nome modificado.