No último dia 17 de setembro, o SINTEP-PB realizou o Encontro Estadual Virtual “Profissionais em Educação construindo o inédito viável no centenário de Paulo Freire”, uma homenagem pelos 100 anos de nascimento do patrono da educação brasileira. O evento, organizado pelas Secretarias de Formação, Gênero e Etnia, Juventude, Comunicação, Organização, Assuntos Educacionais e Aposentados do sindicato, contou com cerca de 50 participantes na sala do Zoom e transmissão ao vido pelo canal da CUT-PB no YouTube.
Fizeram saudações na abertura os professores Heleno Araújo, presidente da CNTE e Antonio Arruda, coordenador geral do SINTEP-PB, além de Tião Santos, presidente da CUT-PB. Ainda na abertura a companheira Laurecy Penaforte, da Secretaria de Gênero e Etnia, puxou uma mística com a exibição do clipe da música Esperançar por esse chão, composta por Anabela e Edu de Maria, em homenagem ao mestre Paulo Freire.
Com mediação da diretora do SINTEP-PB Leônia Gomes, fizeram exposições a professora Rita Porto, do Centro de Educação da UFPB e diretora da ADUFPB, e o educador popular Antônio Danilson Pinto, com vivências diretas com Paulo Freire.
“Me recuso a chamar de método. Quero dizer que, com profundidade, Paulo Freire nos propõe uma pedagogia. Um outra pedagogia, que se diferencia da pedagogia das escolas colonialistas. Uma pedagogia do diálogo entre os saberes que as pessoas vão construindo ao longo de suas vidas e os saberes mais sistematizados, científicos”. Assim iniciou sua fala o companheiro Danilson, que também é assessor do SINTEPE (Pernambuco). E segue historiando o período de infância e adolescência de Paulo Freire em Recife e Jaboatão dos Guararapes, também chamada de Cidade Operária, e de como as contradições sociais ali vividas influenciaram a trajetória política e intelectual do mestre.
Segundo a professora Rita Porto, “a experiência de Angicos é a oficialização de uma grande campanha, o Programa Nacional de Alfabetização. Foi lá onde ele construiu junto com outras pessoas o que chamamos de Pedagogia de Paulo Freire, que é problematizadora e libertadora. A proposta dele de criar um sistema nacional de alfabetização era algo revolucionário”.
Ao final, foi exibido um clipe com imagens históricas das lutas do SINTEP-PB, antecedido por uma apresentação do diretor de Comunicação da entidade Manoel Brasileiro.
Para Leônia Gomes, que coordenou os trabalhos, “esse Encontro de comemoração do centenário de Paulo Freire significou a retomada da Formação do SINTEP-PB de forma qualificada e produtiva, trazendo o legado do mestre, enfocando que sua pedagogia tem lado, o lado dos oprimidos, como está expresso nas suas obras, destacando o seu clássico livro Pedagogia do Oprimido.