No último dia 13, realizou-se mais uma Assembleia Geral (virtual) dos trabalhadores e trabalhadoras em educação do Estado da Paraíba. Foi uma assembleia bastante representativa, com quase 200 pessoas participantes, mantendo uma média de 150 presentes simultaneamente durante todo o tempo. Além disso, a discussão sobre a pauta fluiu, com várias intervenções apontando unitariamente para o fortalecimento do SINTEP-PB e da luta pela educação.
No ponto de informes gerais, Antonio Arruda, coordenador geral do sindicato, fez um relato sobre a audiência com o governador João Azevedo, no dia 23 de agosto. Naquela ocasião, o SINTEP-PB apresentou várias demandas e o governador firmou alguns compromissos: reajuste salarial em janeiro de 2022 de acordo com a defasagem em relação ao piso salarial nacional e pagamento aos profissionais das escolas em tempo integral correspondente à jornada de 40 horas semanais; formação de uma comissão para trabalhar na atualização do PCCR (para a qual o sindicato já indicou seus representantes, mas o Governo, até agora, não se manifestou); etc.
Sobre a questão da comissão de atualização do PCCR, a assembleia decidiu que, se o governo protelar sua criação, o SINTEP-PB fará o trabalho e, ao final do ano, entregará ao governador os resultados, com exigência de que ele cumpra o que prometeu e envie o projeto à Assembleia Legislativa.
Também foi informado que o SINTEP-PB realiza, até o dia 21 de setembro, um levantamento de informações sobre a realidade das unidades escolares tendo em vista um possível retorno das atividades presenciais. Basta clicar aqui para acessar o formulário, que deve ser preenchido uma única vez por escola, e não por cada docente.
Avaliação de conjuntura
Após os informes, foi feita uma excelente rodada de intervenções analisando a conjuntura nacional e estadual, com foco na luta democrática pelo Fora Bolsonaro, que se fortalece em todo o Brasil na medida em que os desmandos do presidente ficam cada vez evidentes com o povo desempregado, faminto e ainda sob o risco da Covid-19.
Por fim, a assembleia aprovou, por unanimidade, algumas importantes decisões. Entre elas, que o SINTEP-PB deve desenvolver uma campanha em torno da democracia na educação da Paraíba, com a defesa da escolha direta dos gestores pela própria comunidade escolar, ao contrário do que ocorre há anos no estado.
Outra medida tomada é quanto ao retorno das atividades presenciais. A decisão da categoria é de que os profissionais só atuarão presencialmente nas unidades que tiverem plenas condições de biossegurança. Isso será verificado escola por escola e cada trabalhador e trabalhadora deve exigir respeito total a sua vida e à vida dos estudantes. Destacando que o próprio governador afirmou, na audiência com o SINTEP-PB, que algumas escolas precisam ser derrubadas, pois reforma só não resolve os problemas estruturais. E, como é público e notório, uma grande quantidade de escolas, em todas as regionais, já não apresentava condições dignas mesmo antes da pandemia.