Nesta quinta-feira (8), o Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras de Educação do Estado da Paraíba, juntamente, com outras representações sindicais educacionais de Campina Grande (SINTAB, SINTENP, SINTEF, ADUEPB E ADUFCG) participou de um ato apenas com as representações das entidades citadas, tendo em vista a necessidade da não aglomeração na Secretária de Educação do Município, reivindicando o não retorno das aulas presenciais. Com essa atitude, a Rede de Ensino Privado de Campina Grande se posiciona pelo lucro e diz não à vida.
Socorro Ramalho, dirigente da Regional de Campina Grande do SINTEP, comenta que o ato se desenvolveu para que o Secretário de Educação reveja o posicionamento sobre autorizar a reabertura das escolas na regional. Ela relata que não é sensato colocar em risco a vida dos professores, estudantes e a sociedade sem segurança total, apesar de saber que há uma pressão muito grande dos empresários no momento.
“Abrir as escolas será colocar a vida das pessoas em risco todos os dias. É nesse sentido o SINTEP sempre defende e vamos continuar lutando pelo distanciamento social para que não tenhamos uma contaminação em massa, como ocorreu ao abrir as escolas nacionalmente. O SINTEP que já vem defendendo essa segurança total para o retorno das aulas, tem feito essa luta em todos os Estados e em todos os municípios junto com os trabalhadores municipais e da rede privada. Esperamos que o prefeito reveja a autorização e não permita que as escolas sejam reabertas nesse momento”, disse.
Durante o ato, a dirigente da Regional de Campina Grande, afirmou que os educadores não vão admitir calados que as crianças e jovens da cidade corram o risco de contaminação da COVID-19.
“É por isso que estamos repudiando essa atitude, ainda estamos em cenário de pandemia e sem segurança total. Nós continuamos lecionando aulas remotamente, não paramos de trabalhar e não vamos nos calar. Vamos continuar a nossa luta!”, finalizou Socorro.
Soraya Cordeiro, integrante da secretaria de relações de gênero e etnia, relata que o ato é para mostrar a indignação da categoria. O SINTEP não vai permitir que a comunidade escolar corra os riscos que estão propondo. Ela relembra que segundo as estatísticas, onde as escolas foram reabertas, pelo menos dezoito pessoas estão contaminadas ao final do dia.
“A escola não é só conteúdo, é relacionamento, e as crianças precisam socializar. O SINTEP está na luta porque nossos professores ministram aula toda hora e a única coisa que recebem são cortes de salários de forma injustificável. Os profissionais da educação e os sindicatos não param porque é injustiça atrás da outra. Queremos que a Secretaria de Educação reveja a sua posição”, explicou Soraya.