O SINTEP/PB assinou nota conjunta sobre as agressões contra as mulheres em Cajazeiras. A nota foi redigida conjuntamente pelo Coletivo e Secretaria de Relações de Gênero e Etnia do SINTEP. E pelo Centro de Defesa das Mulheres Márcia Barbosa de Souza e a Marcha Mundial das Mulheres (Núcleo Fátima Cartaxo).
No início do mês (4), o Secretário Municipal de Esportes, Elmo Lacerda, agrediu verbalmente uma Funcionária Pública Municipal dentro do CRAS (Centro de Referência em Assistência Social). O agressor, além de violentar a vítima, desrespeitou a instituição que atua em defesa das pessoas em situação de vulnerabilidade social.
Segundo o Coletivo de Mulheres mencionados, é a segunda vez que as agressões e violências institucionais são cometidas por pessoas que ocupam cargos de confiança na equipe gestora da Administração Municipal de Cajazeiras, são denunciadas e expostas ao público.
“Exigimos respeito às mulheres e que o Administrador Municipal de Cajazeiras aplique a punição devida com a perca do cargo ao Secretário Agressor e não venha punir a vítima como aconteceu no caso de violência cometida por assessores da gestão atual contra a ex-coordenadora do CRAM, Francilma Mendes, também vítima do machismo e de agressores de plantão pagos com os recursos públicos”, comentaram em nota de repúdio.
Ainda na nota de repúdio publicada, elas ressaltam que é necessário romper o silêncio quanto à violência institucional contra as mulheres praticadas na administração pública e que o assédio moral, além das ameaças dirigidas pelo secretário à funcionária do CRAS. As entidades afirmam que essa violência não pode ser relatividade pela gestão municipal e que é inadmissível um agressor permanecer na função de secretário após agredir, humilhar e ameaçar publicamente uma mulher no seu ambiente de trabalho.
“A não punição deste agressor é a conivência com as práticas de violência institucional praticadas por ele e a falta de compromisso com o enfrentamento a violência contra as mulheres. A violência institucional contra as mulheres se caracteriza como crime e grave problema a ser enfrentado, trazendo inúmeras consequências à sociedade, bem como, sequelas psicológicas e físicas às mulheres vítimas dessa violência. Cabe ao Município combater a violência contra as mulheres em todas as instâncias e não permitir que seus agressores repitam práticas machistas, sexistas, opressoras e criminosas”, finalizaram.