O próximo dia 14 de junho (sexta-feira) é o dia marcado pelas Centrais Sindicais para acontecer a Greve Geral da Classe Trabalhadora, primeira grande greve no período do Governo Bolsonaro. A expectativa é que, assim como aconteceu no ano de 2017, quando uma grande e forte greve geral paralisou o país e brecou a proposta de Reforma da Previdência do então governo Temer, façamos uma mobilização nacional para enterrar de vez essa proposta piorada de reforma do atual governo.
O paralelo com o ano de 2017 não para por aí. Assim como naquele ano, quando a greve geral foi antecedida por movimentos de rua e de mobilização do setor da educação, esse ano de 2019 também contou com grandes e fortes mobilizações das entidades sindicais de trabalhadores da educação e do movimento estudantil. Os dias 15 e 30 de maio, datas vitoriosas do poder de mobilização da área educacional, servirão como combustível para a grande Greve Geral, a qual também, mais uma vez, nos somaremos. Assim como em 2017, a CNTE, o SINTEP-PB e suas demais entidades afiliadas por todo o Brasil cumpriram lá, e cumprem agora, o seu papel protagonista de vanguarda no movimento sindical e social brasileiros.
A novidade para esse ano de 2019 é o incremento dos ataques aos direitos sociais brasileiros, nunca antes vistos com tanta virulência e abrangência. O governo Bolsonaro representa um verdadeiro e sistêmico ataque a todo arcabouço de direitos sociais construído a duras penas no Brasil durante, pelo menos, os últimos 75 anos. A Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT, ainda do ano de 1943, quando foi construída a primeira legislação protetiva ao/a trabalhador/a no país, está sendo rasgada e tem um enorme potencial de atingir em cheio também o setor da educação pública brasileira. Sem contar com as conquistas recentes que o setor educacional obteve nos anos dos governos Lula e Dilma, também ameaçadas agora, como a legislação que garante o piso nacional do magistério, a jornada extraclasse e todo os dispositivos contidos no Plano Nacional da Educação.
Não menos importante e grave é o ataque ao nosso sistema de seguridade social construído e inscrito na Constituição de 1988. A Reforma da Previdência proposta pelo Governo Bolsonaro representa uma verdadeira destruição do nosso sistema de aposentadoria e, para os professores e professoras, um ataque sem precedente ao nosso direito à aposentadoria especial. Motivos, então, não faltam para fazermos do próximo dia 14 de junho um dia de luta e mobilização. Só as ruas poderão derrotar essa nefasta proposta! Só as ruas encurralarão o despudor que esse governo representa!