O coordenador de juventude da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Carlos Guimarães, participou de agenda da Internacional da Educação (IE) em Bruxelas, na Bélgica, de 17 a 20 de julho. O evento, que teve a presença de 30 países e cerca de 50 jovens, proporcionou o debate sobre a situação educacional em diversos países e a atuação da juventude nos sindicatos.
Durante a programação, o grupo pode conhecer a história da IE, a abrangência do trabalho, ter acesso aos documentos aprovados no último congresso, bem como realizar propostas e se apropriar dos desafios do desenvolvimento sustentável, no documento “As cartas sobre a mesa: os sindicatos transformam a agenda 2030”.
Para Carlos Guimarães, o Brasil que, desde 2002, costumava ser exemplo para os países na erradicação da fome e da pobreza e na equiparação do direito ao acesso e na permanência nas escolas primárias, secundárias e de nível superior, agora passa por retrocesso. “Com o golpe parlamentar de estado, em 2015, o que vimos, até o momento, é o corte e congelamento nos programas da seguridade social e da educação, assim como o ataque permanente às organizações que defendem esta pauta. Aproveitamos este espaço internacional para denunciar o desmonte da educação, assim como a imposição de uma reforma do ensino médio excludente e também o ataque aos direitos trabalhista e previdenciário”, destaca o coordenador da CNTE.
De acordo com ele, a Internacional da Educação, assim como as entidades filiadas, devem atuar junto à sociedade e aos governos para a implementação da agenda de desenvolvimento, proposta pela Assembleia nas Nações Unidas em 2015. O documento traz 17 objetivos, dentre eles o de garantir educação inclusiva, equitativa, e de qualidade.
Como dicas para a atuação dos sindicatos, o diretor da CNTE menciona a importância de se explicar aos filiados as metas da agenda 2030, estabelecer as prioridades mais urgentes na área de educação e integrar os desafios para o desenvolvimento sustentável nos planos nacionais. “Os sindicatos e a sociedade civil devem acompanhar e denunciar todo ataque dos golpistas imposto à democracia e aos direitos, indo contra o acordo assinado em 2015. Até 2030, todos os anos, no mês de julho, os países serão chamados na ONU para prestar contas sobre o que fizeram”, explica Guimarães.