Neste 7 de setembro, comemoramos a independência do Brasil, desgraçadamente, vivemos novamente tempos de dominação do povo pelas elites que secularmente controlam os destinos da política e da riqueza nacional.
Todavia, o impeachment da presidenta Dilma, sem crime de responsabilidade, abriu precedente não apenas na democracia do Brasil, mas em toda América Latina.
A consolidação do golpe no Brasil - tática usurpadora de poder iniciada em países menos estratégicos como Honduras e Paraguai - tornou o sistema presidencialista refém das raposas dos parlamentos da Região - empresários, financistas e agentes do agronegócio.
A partir da nefasta experiência brasileira, será possível retirar do poder qualquer presidente eleito, democraticamente, que se negar a atender os interesses das classes dominantes e da mídia.
Para a vida concreta dos/as brasileiros/as e para o futuro do país, que vivenciou um forte processo de inclusão social nos últimos 13 anos, o golpe trará enormes prejuízos.
Já estão tramitando no Congresso propostas de alteração na Constituição e em leis visando suspender por 20 anos qualquer novo investimento na educação e demais políticas públicas. Também se pretende congelar vencimentos de servidores e suspender concursos públicos; congelar o valor real do salário mínimo, desvinculando sua remuneração das aposentadorias e pensões do INSS; aumentar a idade para aposentadoria - igualando as condições entre homens e mulheres - restringindo seu acesso inclusive para o magistério da educação básica.
O lema do golpe é Estado Mínimo, num significado ainda mais profundo que o vivido na década de 1990. Dessa vez querem entregar a totalidade de nossa riqueza nacional - o que restou das privatizações de FHC! Querem entregar o pré-sal e a Petrobras, os bancos públicos (BB e CEF) e as empresas de energia.
Conforme destacado em momentos anteriores, os/as trabalhadores/as em educação não se curvarão a essa agenda entreguista e reacionária. Vamos atuar na conscientização de nossa base sindical e em colaboração com outros trabalhadores. Essa é a hora da união, e vamos reforçar nossa mobilização em defesa da democracia, contra o assalto às riquezas nacionais e contra os ataques a direitos da sociedade e dos trabalhadores.
Nenhum direito a menos!
Pela restauração da democracia no país!
Fora Temer!
Fonte: CNTE