A paralisação nacional em defesa da educação pública, liderada pela CNTE e mobilizada pelo SINTEP-PB em suas 14 regionais por toda a Paraíba neste 23 de abril, foi marcada por diversas manifestações em várias cidades, demonstrando a união e a força dos trabalhadores e trabalhadoras da educação. A adesão nas escolas estaduais, com a suspensão das aulas, permitiu que a categoria fosse às ruas e espaços públicos para reivindicar pautas educacionais importantes e lutar por avanços e pela conquista de direitos. No estado, as atividades aconteceram em regionais como João Pessoa (1ª Regional), Guarabira (2ª Regional), Campina Grande (3ª Regional), Monteiro (5ª Regional), Patos (6ª Regional) e também na cidade de Tenório, como parte da programação da 26ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública, com o tema “Escola Pública não é Negócio. É direito”, que se estenderá até o próximo dia 28 de abril.

Em João Pessoa, a manifestação aconteceu na Praça dos Três Poderes, em frente à Assembleia Legislativa, em parceria com a CUT-PB e os sindicatos municipais de João Pessoa, Bayeux, Cruz do Espírito Santo e Cabedelo, reuniu dezenas de profissionais da educação para lutar contra os riscos da privatização, militarização e desvalorização da profissão, além das reivindicações locais no sentido de fortalecer a luta por um ensino público democrático e de qualidade. Durante o ato, uma comissão composta por representantes do SINTEP-PB, SINTRAMB, SINTEC e SINTEM, juntamente com professores, protocolou um ofício de reivindicações no gabinete do presidente da Casa, o deputado Adriano Galdino. Entre os principais pontos estavam o reposicionamento dos aposentados de acordo com o artigo 38 do PCCR, a criação do Plano de Carreira para funcionários de escola e a imediata nomeação de Coordenações Pedagógicas aprovadas em seleção, entre outros. Diante dessas reivindicações, o SINTEP-PB solicitou ao presidente da Casa que intercedesse junto ao Governo do Estado para que as demandas da categoria fossem atendidas, a fim de evitar maiores prejuízos aos alunos e à comunidade escolar.

1ª Regional- João Pessoa

Na parte da tarde, foi realizada no plenário da Assembleia Legislativa, presidida pela Deputada Cida Ramos, Presidenta da Comissão de Educação da ALPB, uma audiência pública com o tema da campanha da 26ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública da CNTE: “Escola Pública Não é Negócio, é Direito”. O evento contou com a participação do vereador de João Pessoa, Marcos Henriques, diretores do SINTEP-PB, entidades representativas como o Fórum Estadual de Educação e diversos profissionais da educação dos âmbitos estadual e municipal, que juntos debateram sobre a Educação Pública. Além do Coordenador Geral, Antonio Arruda, outros dirigentes fizeram uso da tribuna para abordar a temática em questão e os problemas da educação na Paraíba.

Audiência Pública na Assembleia Legislativa do Estado

Na 2ª regional, em Guarabira teve exposição e debate com representantes da CNTE, Sindicato muncipais da Região de Guarabira e do SINTEP e contou com um grande número de participantes.

2ª Regional- Guarabira

Em Campina Grande, as atividades neste dia de paralisação foram promovidas pelo Sintab e Sintep. No turno da manhã, aconteceu no Sesc Centro um debate sobre o Plano Nacional da Educação, com palestras da diretora do Sintab, Maria Dapaz, do diretor de Organização do SINTEP, Felipe Baunilha, e da diretora da 3ª regional, Socorro Ramalho. A programação prosseguiu à tarde com um Ato Público na Praça Cardoso Vieira (Calçadão), reunindo centenas de profissionais da educação estadual e municipal na luta por uma escola pública, laica e democrática de qualidade, numa grande demonstração de força e representatividade por meio dessas entidades sindicais.

3ª Regional – Campina Grande

A quinta regional, em Monteiro, também realizou um ato público em frente a Escola estadual Miguel Santa Cruz, reunindo professores, funcionários e estudantes.

5ª Regional- Monteiro

Em Patos, a 6ª regional reuniu os professores e professoras numa roda de conversa com a temática do dia “Escola Pública não é Negócio”, onde puderam denunciar a falta de valorização dos professores, a precarização dos funcionários da educação estadual (sem regulamentação salarial) e projetos como o “Escola sem Partido”, entre outras demandas locais.

6ª Regional- Patos

O coordenador geral, Antonio Arruda, avaliou o dia da paralisação nacional como muito positivo, ressaltando que “a categoria saiu das salas de aula para alertar a sociedade sobre a necessidade de resistir e defender a educação pública da privatização, sem retrocessos, e exigir do Governo políticas que garantam uma educação digna para quem precisa se desenvolver”. Ele expressou sua gratidão pelo empenho e a coragem de todos representantes das regionais do sindicato, que resultaram no fechamento de 100% das escolas estaduais e também de muitas municipais.