Denúncias de assédio moral nas escolas aumentam com campanha do SINTEP

A campanha de combate ao assédio moral nas escolas, lançada pelo SINTEP e idealizada pela Secretaria da Juventude em 2024, tem gerado resultados significativos. Por meio da cartilha informativa “Você não está só”, vídeos de sensibilização nas redes sociais e palestras direcionadas aos profissionais da educação nas escolas da Paraíba, diversos casos de assédio têm sido denunciados. A diretoria do sindicato tem atuado de forma firme, com gestores sendo afastados pela Secretaria de Educação do Estado. As denúncias são devidamente apuradas e julgadas por meio de sindicâncias.
De acordo com o professor Hígor Lins, diretor da Secretaria da Juventude, um dos principais fatores que contribuem para os episódios de assédio moral nas escolas da Paraíba é a falta de gestão democrática. Segundo ele, “a campanha do sindicato tem sido fundamental para que nossos colegas professores e demais profissionais das escolas integrais e regulares, que estão expostos a diversos tipos de assédio, se sintam encorajados a fazer as denúncias.”
Para Antonio Arruda, Coordenador Geral do SINTEP, o assédio moral tem sido, infelizmente, uma prática recorrente em diversas unidades escolares do estado, especialmente por parte de maus “gestores”. Esses comportamentos abusivos, humilhantes e constrangedores são praticados de forma repetitiva durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, causando danos à integridade psíquica daqueles que vivenciam essas situações.
De acordo com Antonio, a orientação do sindicato é clara: se você está sofrendo assédio moral, é fundamental buscar apoio, seja entre os colegas (que podem ter testemunhado sua situação ou passado por experiências semelhantes), seja com um profissional. “Reunir provas e procurar o sindicato para fazer a denúncia é essencial para que possamos tomar providências junto à SEE-PB.”
O SINTEP tem promovido um amplo debate sobre o tema, e sempre defendeu a escolha da direção das escolas estaduais por meio de eleição direta pela comunidade escolar, com votação ampla e individual. Além disso, a prioridade para ocupar os cargos diretivos deve ser dos profissionais de carreira. No último processo de seleção realizado pela Secretaria, não foram atendidos os anseios da categoria, o que compromete o desenvolvimento do trabalho educacional e dificulta o combate ao assédio moral, além de não atender às perspectivas de gestão democrática nas escolas.